sábado, 13 de outubro de 2012

VALOR ECONÔMICO

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VALOR ECONÔMICO


a) Valor

O valor econômico é “a importância, ou es-timativa, que o sujeito atribui às coisas e serviços, de que tem necessidade”. (Carlos Galves)
 
O valor é, em essência, o preço relativo.


O valor é também preço de cada produto em relação a outros produtos.

Na prática, o preço é o que encontramos para às mercadorias. Esse, por sua vez, cotado numa moeda. Esta, significando a unidade de medida dos preços.

Desde Aristóteles começou a ser estabelecida a distinção entre valor de uso e valor de troca.

Valor de uso: relacionado às características físicas dos bens que os tornam capazes de serem utilizados pelo homem, isto é, de satisfazer necessidades de qualquer ordem materiais ou ideais.

Valor de troca: indica proporção em que os bens são intercambiados uns pelos outros.

Ainda sobre valor ressalte-se:

William Petty - O primeiro a definir o trabalho como conteúdo do valor e por conseguinte como determinante do valor de troca.

Adam Smith - Desenvolveu a teoria do valor-trabalho. Afirma que o trabalho é a única medida real e definitiva do valor das mercadorias.
David Ricardo - Demonstrou que o valor do trabalho variava com os preços dos produtos necessários a subsistência dos operários, o que se refletia no salário e no valor das mercadorias por eles produzidas.

Karl Marx - Definiu o valor pelo tempo social-mente necessário à produção de uma mercadoria.
b) Teorias do Valor

São predominantes:

- a teoria do valor-trabalho;

- a teoria do valor-utilidade;

- a teoria marginalista

A teoria do valor-trabalho


Pressupõe sobre mercadorias do tipo de produção elástica aos preços.

Sua aplicação:

- verifica-se plenamente para os produ-tos elásticos, produtos industriais e serviços;

- não se verifica em relação:

a mercadorias que não possam ser multiplicadas, ou seja, cuja produção não possa ser expandida;

a determinados tipos de produ-tos cuja oferta é muito limitada ou fixa (obras de arte).

Os produtos industriais e serviços, têm o seu valor estabelecido em função do custo de produção acrescido de uma margem.


A busca, em primeiro plano, é explicar os próprios custos de produção. Isso, fundamentado na compreensão de que os custos de produção são fundamentalmente salários dos trabalhadores que produzem as mercadorias e as despesas com matérias-primas, máquinas, equipamentos e instalações em geral.

Considera, em última análise, que todos os custos de produção reduzem-se ao trabalho humano. É nesse entendimento, que encontra-se estruturada a concepção teórica de que o “único custo real de produção é o trabalho”.

Nesse contexto, toda mercadoria produzida é, em verdade, fruto direto ou indireto do trabalho humano.

Daí, ter a teoria do valor-trabalho sua sustentação básica no único custo real de produção, que consiste no trabalho humano.
A teoria do valor-utilidade


Esta encontra-se fundamentada em outro tipo de mercadoria.

Consiste na generalização do caso de mercadorias não ajustadas às oscilações da procura, cujo preço é formado pelos compradores sob a forma de leilão especulativo.

É centrada na idéia básica de que cada consumidor sabe quanto vale a mercadoria para ele.

Isto é, em última análise, os preços relativos refletem as utilidades relativas para os consumidores, frente a grande e variada quantidade de mercadorias postas à sua disposição.



Um problema da determinação do valor que se apresenta, é que a mercadoria tem uma utilidade decrescente com referência à sua quantidade para o comprador.


Em síntese, é uma teoria que evidencia que a decisão final sobre o valor é dos consumidores.


É, essencialmente, uma teoria de fundamentação liberal, que não admite a existência de nenhuma interferência entre comprador e vendedor.


Pontos principais que a afasta da realidade do sistema capitalista:

- não existir apenas custos crescentes;

- admitir uma total independência entre compradores e vendedores. 
 
A teoria marginalista

Em contraposição a teoria do valor-trabalho, surgiu no final do século XIX a Teoria Marginalista, que subjetivou o conteúdo do valor, usando da noção de utilidade marginal.
Estabelece que a causa ou fundamento do valor econômico são a necessidade humana e a limitação dos bens úteis. O valor é, portanto, concebido como uma relação da necessidade com a raridade.

Segundo essa teoria, o valor dos bens e serviços depende de sua utilidade e varia de acordo com a mesma.
Por exemplo, uma coleção de bens do mesmo tipo, o valor de cada um desses bens é dado pela unidade de menor utilidade.

Considerando que todas e quaisquer unidades dessa coleção podem ser substituídas por essa última unidade, a mesma, significa a divisa entre o que é útil e o que não mais é útil.
Portanto, a necessidade que essa unidade é capaz de satisfazer é a necessidade marginal ou final. A sua utilidade é também a utilidade marginal.








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